terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Viagem ao Canadá - E U.S.A.

                                               Adoro conhecer novos lugares, descobrir novas culturas, mas como já disse em outras matérias, existem lugares que gosto de voltar e rever.
                                               Em 1990 fiz o circuito U.S.A. e leste do Canadá com Gilberto, Tia Elza e Tio Pedrinho. Em 1995 retornei por lá, dessa vez acompanhada dos meus filhos Glauco e Renzo, terminando o passeio na Disney.
                                               Ano passado, em outubro de 2011, resolvi repetir tudo, tendo dessa vez, como companheira de viagem, a amiga e prima Jussara Braz. Fomos primeiramente para Nova York, onde ficamos por três dias. Aproveitamos tudo que a cidade tem a nos oferecer: perambular pelas ruas, extasiar com a beleza das vitrines da FifthAvenue e aproveitar os magníficos preços, assistir a uma peça da Broadway e visitar os novos pontos turísticos. Dessa vez foi o Memorial ao 21 de Setembro, mas ao chegarmos lá a fila estava quilométrica e o policial nos avisou que teríamos que agendar pela Internet. De qualquer forma valeu à pena passar por lá porque aproveitamos para dar uma passadinha no Century 21, um outlet bem próximo dali e que vende todas as marcas de grife a preços reduzidíssimos. Entretanto é preciso uma dose muito grande de paciência porque a loja vive lotada.


                                               De Nova York fomos para Filadélfia, a primeira capital dos Estados Unidos, onde fizemos um tour pela cidade e paramos para ver o Sino da Liberdade que tem um simbolismo e valor histórico únicos, pois representa os ideais que a América tem perseguido há mais de 200 anos: independência e liberdade. Dali prosseguimos para Washington D.C., atual capital dos U.S.A. e um dos mais importantes centros políticos do mundo. A cidade é o centro de decisões do país, tanto na parte política quanto na área militar. Visitamos a Universidade de Georgetown, o Centro de Convenções J.F. Kennedy, o Cemitério de Arlington, onde estão enterrados o Presidente J.F.Kennedy ao lado da esposa Jackeline e de um de seus filhos + Bob Kennedy e milhares de soldados mortos durante a guerra. Passamos pelo Lincoln Memorial, o Monumento a Washington, pelas enormes estátuas da Guerra da Coréia, Casa Branca e Capitólio: enfim, tivemos um banho de cultura. Na cidade, visitamos também o Museu Aéreo e Espacial, mas fomos retiradas de lá às pressas por causa de dois rapazes que estavam protestando ao lado da Apolo 11. Em menos de 5 minutos, mais de 3000 pessoas tiveram que deixar o local.


                                               De Washington partimos para Niagara Falls, cataratas maravilhosas, mas que não se comparam com as nossas Cataratas do Iguaçu. A diferença é que a infra-estrutura de lá não tem defeito por causa do dinheiro investido e as luzes coloridas projetadas sobre elas dão um aspecto sensacional e bucólico.  Fizemos um passeio no barco MaidoftheMist e a sensação de passar quase debaixo das quedas d’água é indescritível. Saímos de lá encharcadas, apesar das capas de chuva.
                                               Dali fomos para Toronto, fizemos um tour pela cidade e fomos conhecer as Mil Ilhas, mas, na verdade, são mais de 1800 ilhas com magníficas casas que mais parecem castelos. Aqui o azul do céu se projeta na água e o contraste com o verde das matas encerra uma paisagem deslumbrante. Seguimos diretamente para Ottawa, capital do Canadá, onde passamos horas bastante agradáveis em seu magnífico centro histórico. É uma cidade de gente jovem e quase metade da população tem menos de 35 anos. Conhecemos também o Parque Omega, local onde você entra em um micro-ônibus e circula no meio do habitat natural dos animais. De dentro do ônibus, alimentávamos os animais com cenoura e maçã. Vimos enormes veados, renas, ursos, búfalos, lobos, javalis e patos selvagens e nos divertimos bastante.


                                               A penúltima cidade do Canadá que visitamos foi Quebec, simplesmente maravilhosa e acolhedora, com seu calçadão enorme de onde podíamos apreciar a cidade baixa. Ficamos hospedadas no ChateauFrontenac, cartão postal da cidade e que fica na parte alta, bem próxima ao funicular que nos leva à cidade baixa. É uma cidade tipicamente européia, com ruas estreitas e sinuosas, casas bem antigas e igrejas construídas com pedras e telhados de cobre e onde a influência e língua francesa predominam. A cidade conta com muitos artistas e é bastante boêmia, além de possuir excelentes restaurantes. Indico o Café de Paris (francês) e AuParmesan (italiano).


               Finalizando nosso tour no Canadá, chegamos a Montreal, visitamos o Centro Olímpico, cuja torre inclinada é imperdível e é sua marca registrada. Mas o mais interessante em Montreal é a cidade subterrânea, que nos permite andar à vontade pelo centro da cidade sem precisar sentir frio e usar guarda-chuva. Todas as principais áreas são interligadas por um sistema de passagens para pedestres, túneis, escadas rolantes que unem os prédios comerciais, praças, hotéis e outros pontos importantes. Andamos por 7 shoppings interligados na cidade subterrânea e quando sentíamos vontade, subíamos ao nível da rua para ver o sol e respirar um ar puro.
                                                      De Montreal fomos a Boston, uma cidade pequena, mas que possui uma arquitetura maravilhosa e grandes áreas livres de espaço verde, proporcionando a ela um clima quase europeu. É uma cidade cosmopolita e tem uma vibração decididamente jovem, possuindo mais de 100 faculdades e universidades na área metropolitana.
                                                      Para finalizar nosso passeio, retornamos a Big Apple para nos despedir dessa cidade que a gente não cansa de voltar. Assistimos a peça “O Homem Aranha” na Broadway e para encerrar nossa tournée, nos deliciamos com Zarkana, do espetacular Cirque du Soleil, no Radio City Hall.

Confira mais algumas fotos sensacionais registradas nesse inesquecível passeio realizado pela colunista Tóya com sua amiga Jussara Braz, clicando nas fotos para aumentá-las.







 



 


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Viajando pelas terras dos sultões turcos

                                               A Turquia é um país que recebe os turistas de braços abertos. E sua segunda cidade em importância, Istambul, é surpreendente e diferente de tudo, para nós, ocidentais. É uma cidade de contrastes, pois, ao mesmo tempo que vemos mulheres vestidas de preto e envoltas em véus, admiramos, ao seu lado, lindas jovens vestidas em jeans e camisetas, à moda européia. À princípio  é muito estranho, mas com o passar do tempo a gente acaba se acostumando. Se você quiser se aventurar e fazer um roteiro diferente, acertou em cheio: rume para a Turquia.



 
  
                                   As dezenas de mesquitas com suas imensas torres nos encantam imensamente. Você sabia que a quantidade de minaretes determina a importância de uma mesquita? Pois é, a Mesquita Azul, belíssima por dentro e por fora, possui nada menos que 6 minaretes, demonstrando dessa forma que é a mais importante da Turquia. Logo na entrada você tira os sapatos colocando-os em uma sacola plástica (que você recebe) e entra descalço ou de meias. Os muçulmanos sempre lavam os pés antes de entrar e acredito que nem os enxugam direito, razão pela qual existe tanto cheiro de chulé lá dentro (que Deus me perdoe se estou pecando...). Bermudas e roupas decotadas não são permitidas e eles têm sempre uma saia ou uma blusa de manga para te oferecer. É sempre bom levar um lenço ou uma echarpe para cobrir a cabeça. Não é obrigatório, mas é bom mostrar que você tem respeito pela religião deles.




                                   Fazer um passeio pelo Estreito de Bósforo e observar que você está passando entre dois continentes (Ásia e Europa) é uma sensação indescritível. E você fica excitado sem saber o que fazer: se tira fotos mostrando a Europa ou se fotografa para o lado da Ásia, mostrando que os dois estão bem próximos de você!


                                   E o que dizer do Grand Baazar? Realmente é imperdível, não pelas mercadorias que ali encontramos, mas pelo seu jeito diferente de ser e existir. É um verdadeiro labirinto. Tome bastante cuidado se alguém te espera em determinada saída. É até preferível você tirar uma foto do lugar por onde entrou, mostrando o número do portão, porque do contrário você não volta ao ponto de partida de jeito nenhum. Tudo no Grand Baazar é muito grande e com muitas entrada e saídas. Lá você encontra tapetes, ouro, prata, artesanato, perfumes, couro, temperos e tudo mais que sua mente nem pode imaginar! Atenção para os vendedores! Eles ficam na porta da loja à espreita de um possível comprador e quase te agarram com um laço para mostrar sua mercadoria. Mas, cuidado ao comprar e pagar. É preciso pechinchar. Se te pedirem 100 liras turcas, ofereça 40 para, no final, entrar em um acordo e pagar 50. Não se preocupe em barganhar, pois eles não se sentirão ofendidos. É apenas uma tradição.


                                   E o que dizer do banho turco? Você não pode voltar para o Brasil sem experimentar aquela maravilha, que é uma das mais antigas tradições da Turquia. Primeiramente você faz uma sauna a vapor, depois entra em uma sala imensa com uma bancada enorme de mármore, onde você se deita e recebe diversos tipos de massagem. Mas o melhor mesmo é o banho de espuma. Você não pode imaginar a sensação sentida quando aquele saco imenso de espuma é jogado em suas costas! É extremamente relaxante...





                                     Outra visita obrigatória em Istambul é o Palácio de Topkapi, residência dos antigos sultões turcos, cujo ponto mais famoso é o Harém, onde viviam as mais de mil mulheres de um sultão. Somente ele e os eunucos (escravos castrados) podiam entrar naquele local para servir às amantes. Sultão super-sabido: não queria saber de concorrentes. E adivinhem quem era a mandona e determinava tudo no Harém? A mãe do sultão... e a ela cabia controlar todas as mulheres. Que poder tinha essa sogra, não? Só na Turquia mesmo...


                                   Jantar na Torre de Gálata é um espetáculo à parte, pois, além de você degustar os pratos tipicamente turcos, você participa de danças típicas além de ter uma visão de 360 graus da bela cidade de Istambul.


                                   O Bazar Egípcio, ou Mercado das Especiarias é outro local que você não pode deixar de visitar. É bem menor que o Grand Bazaar, portanto, bem mais fácil e tranqüilo de fazer compras. Lá você também vai encontrar todos os tipos de temperos, diversas qualidades de doces (de dar água na boca), muito couro, lenços de sedas, tapetes, narguilés (que é um cachimbo de água usado para se fumar) e bijuterias diversas. E tudo muito barato!!!









                                   Deixo agora algumas considerações finais sobre Istambul para que você possa aproveitar bastante sua estadia:
- Nisantasi é um bairro elegante e charmoso onde ficam as lojas de grife. Nesse bairro você encontra também a loja Beymen, que vende multimarcas como Louboutin, Balenciaga, Fendi, etc.
- Taksin é uma rua de pedestres, de comércio popular, mas muito interessante porque é ponto de reunião dos jovens, principalmente no cair da tarde.
- Alguns bons restaurantes: Ullus 29, 360 graus, Vogue e Zuma (japonês)
- Entrando no Grand Bazaar pela porta principal, a de número 1, continue em frente e dobre a primeira rua à esquerda. Lá você encontrará uma loja chamada Koc que tem camisas e jaquetas de couro belíssimas.
- O trânsito é caótico e o engarrafamento é inevitável. Além do mais, os taxistas são malucos, pois fazem manobras no meio da rua sem se importar se tem carros esperando ou não. E o pior: fumam dentro do taxi. Não adianta estressar.
- Ao entrar em um taxi, leve sempre por escrito o local para onde você quer ir e tenha sempre com você o cartão do hotel, pois a maioria dos taxistas não fala uma palavra em inglês. Verifique também se o taxímetro foi ligado ou então combine antes o valor da corrida. Acredite: eles querem sempre levar vantagem.
- A comida turca é gostosa. Se não quiser errar, peça sempre um kebab, que é um churrasquinho como no nosso. Mas se você for enjoado para comer e não gostar de um paladar diferente, escolha sempre o de frango porque o de cordeiro tem um gosto muito forte. A berinjela recheada com tomate, alho e cebola e assada no forno (imambayildi)é deliciosa também e o charuto de folha de uva (yalanciyaprakdolmasi) é imperdível.
- Se você quiser provar o cafezinho turco, por favor, não balance para esfriar porque ele não é coado como no Brasil e o pó fica todo depositado no fundo da xícara. Não paguei esse mico porque na casa de minha avó materna tinha sempre um cafezinho árabe, feito da mesma forma que na Turquia.
- Em mercadinhos e pequenas lojas os cartões de crédito não são aceitos e pagar em espécie é sempre uma vantagem por causa dos descontos. Tenha sempre um pouco de lira turca para as pequenas compras, mas o euro e o dólar são bem aceitos nas grandes lojas.
- Na Turquia existe tax-free, portanto, fique atento e verifique se a loja que você comprou lhe fornece.
- Tapetes e kilins tem bom preço, mas é preciso verificar a qualidade.
- Volte para casa com um montão de olho turco, seja para colocar na porta de sua casa, seja em forma de pulseiras. Eles são usados para espantar o mau olhado, ou o “olho gordo”, como alguns preferem dizer.
                                               Saindo de Istambul em direção ao interior, não deixe de visitar a Capadócia. É tudo muito romântico por lá, desde dormir em um hotel escavado na pedra ou fazer um passeio de balão. E não é preciso ter medo. É surpreendente e maravilhoso. Mas para isso, você tem que acordar com as galinhas porque você é chamado às 4,30 horas para sair quase que imediatamente. E a sensação de estar nas alturas observando de cima aquela paisagem quase que lunar é desconcertante. A natureza foi generosa esculpindo no Vale de Goreme uma fantástica e quase sobrenatural paisagem.
                                   Pamukkale também é um espetáculo à parte. Visto de longe, o panorama lembra um manto de algodão. É uma obra da natureza constituída por várias nascentes de águas quentes e calcárias que, com seus sedimentos, formaram piscinas. O conjunto produz efeitos visuais fantásticos, dignos de serem contemplados seja de manhã, no fim da tarde ou a qualquer hora do dia. Quem chega ao local não consegue perceber a realidade que aí encontra. A primeira impressão é que aquela imensidão branca só pode ser neve. Só depois de estabelecer um contato físico (sente-se dor ao pisar o solo), é que se percebe que são rochas que ali se encontram.
                                    Encerrando com chave de ouro a visita à Turquia, você chega a Éfeso, uma das primeiras cidades em que os apóstolos fizeram pregação e onde o Cristianismo mais se difundiu. Foi nessa cidade que Nossa Senhora passou, juntamente com São João, seus últimos dias de vida. É um lugar de romaria, de muita oração e de muita comoção.
                                   Se navegar é preciso, como diz a música, viajar também é preciso porque em uma só viagem ao mesmo lugar você não consegue ver tudo que quer. Fica sempre faltando alguma coisa. Com chuva ou com sol, no inverno ou no verão, os monumentos estarão no mesmo lugar, mas seu espírito pode estar mais aberto e você poderá ver coisas que antes lhe passaram despercebidas. Por isso, viaje sempre. Ao voltar, planeje uma outra viagem, mesmo que não vá imediatamente. Ao planejar, você estará viajando em sonhos!

                                                                                  Toya Braz
                                                                       Setembro 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Itália, sweet Itália

Quando você decidir ir para a Itália, tente fazer um regime antes, porque o que você vai comer e beber por lá, não é brincadeira!!! Haja estômago para consumir tanto carboidrato e haja fôlego depois para perder peso na academia!!!


Tomamos um vôo para Roma (José Carlos e eu) no dia 27 de dezembro de 2011  e já tínhamos  um carro alugado pela Hertz que pegamos no Aeroporto Fiumicino. Acertamos o GPS para Firenze (Florença), onde ficamos por três dias. É uma cidade lindíssima, com seu centro histórico enorme e é local de suma importância para aqueles que são ligados à arte, pois lá é cenário de obras dos grandes mestres Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto e outros.


A Catedral de Santa Maria Dei Fiori (Duomo) é revestida com mármore verde, rosa e branco, levou quase dois séculos para ser construída e é um dos principais cartões postais da cidade. A porta de bronze do Batistério (em frente à Igreja) é um maravilhoso trabalho de Ghiberti, discípulo de Michelangelo. A principal praça de Florença é a Piazza Della Signoria, onde acontecem os maiores eventos da cidade e onde estão as seguintes estátuas:   Perseu (Celline), O Rapto das Sabinas (Giambologna) e a cópia da maravilhosa estátua de David. Imperdível mesmo é a Galleria della Accademia, onde está a verdadeira Estátua de Davi, de Michelangelo. Você é capaz de ficar horas admirando aquela beleza de escultura, pois a cada olhadela você consegue observar um detalhe diferente: a perfeição da musculatura, a definição das veias, o contorno do corpo.





A Ponte Vecchio é muito famosa, é ponto turístico e foi construída para servir de passagem para que a família Médici não se misturasse com o povo. O local fica sempre muito cheio, pois ali funcionam muitas lojas que vendem ouro e prata, mas nada tão bonito como nossos designers brasileiros.

Aproveitamos nossa estadia em Florença para conhecer a belíssima região da Toscana. Pegamos o carro e rumamos para as cidades medievais de Siena, San Gimignano e Montalcino.





Siena foi construída no alto de colinas, é cercada de antigas muralhas e tem um impressionante centro histórico. Vá com tempo para se perder por aquelas ruelas estreitas e cheias de lojinhas. A culinária e o vinho são excelentes, além dos deliciosos biscoitos e doces típicos.

Montalcino também fica no alto de uma colina e é uma cidadezinha pacata, mas que é ponto obrigatório de visita, pois tem nos seus arredores os melhores vinhedos da Itália. Almoçamos no Restaurante El Griffo (um risoto com champagne maravilhoso) e aproveitamos para saborear “in loco” o famoso Brunello de Montalcino. No restaurante, paga-se mais ou menos 65 euros por uma garrafa, safra 2006, mas nos mercados você consegue comprar por 33 euros. Consegui na AGIP (área de serviço das estradas), o mesmo vinho por 24 euros. Além do Brunello, o Rosso de Montalcino também é muito gostoso. Bem perto dali fica a Abadia de Sant’Antimo, muito antiga e com arquitetura românica medieval. No final do dia, um grupo de monges Norbertinos faz seu canto gregoriano ecoar na missa das 17 horas, evocando um ar místico. Não deixe de passar por lá, pelo menos para bater uma foto.
                                               
Entre Florença e Siena fica a cidadezinha de San Gimignano, Patrimônio da UNESCO e que tem sua origem em um povoado etrusco do século III a.C. Vale à pena fazer uma visita para sentir o clima, ainda medieval, de suas praças, palácios, igrejas e ruelas estreitas.
                                              
Estando em Florença, não deixe de visitar os diversos outlets situados em seus arredores. Um deles, o Outlet da Prada, fica no KM 35, na cidade de Arezzo. Não fomos lá por falta de tempo, mas segundo opiniões, é imperdível, principalmente nesta época do ano quando todas as mercadorias estão com 30% de desconto. Visitamos um outro outlet quando de nossa ida para Roma, e, realmente, valeu a pena.



Ao deixarmos Florença em direção a Veneza (Venice) resolvemos dar uma passadinha em Pisa, um dos cartões postais mais conhecidos da Itália. Revestida em mármore branco, a torre tem 60 metros de altura e leva, como marca registrada, uma visível inclinação de mais de 3 metros e que ocorreu logo após o início de sua construção por causa da frágil fundação em um subsolo fraco e instável, além do peso elevado. Atualmente, graças ao avanço da tecnologia, a progressiva inclinação parece ter sido bloqueada e a torre permanece constantemente monitorada para evitar surpresas futuras.



Chegamos à cidade de Mestre, que fica nos arredores de Veneza, às 17 horas e fomos diretamente para o estacionamento. Parecia que o mundo inteiro queria estacionar por ali, tal a quantidade de carros e o tamanho da fila. Demoramos bastante para conseguir uma vaga, pois já estava anoitecendo e todos queriam atravessar o canal para assistir os fogos da passagem de ano.




Para se entrar na cidade podemos escolher entre o water-taxi e o vaporetto. Por causa do horário e do peso de nossas malas optamos pelo primeiro (60 euros) e em 15 minutos já estávamos no Centurion Palace, um hotel 5 estrelas super-confortável, de frente para o Grand Canal. Infelizmente tínhamos que caminhar bastante para chegar até a Praça de São Marcos, que ficava do outro lado do canal, mas nada que atrapalhasse tanto porque o caminho para se chegar lá é um shopping center a céu aberto: Gucci, Versace, Cartier, Burberry e outras.


A passagem de ano foi bem interessante: a Praça de São Marcos estava lotada e um show de cantores começou a acontecer, a partir das 22 horas, inclusive cantores brasileiros. Tivemos o nosso jantar em um restaurante da praça, acompanhado de um Brunello, claro, e, um pouco antes da meia-noite começou a contagem regressiva em um grande telão e as pessoas se abraçaram desejando um ano promissor. Logo em seguida o show continuou, mas a maioria das pessoas foi deixando a praça. Como estávamos cansados, fizemos o mesmo e somente quando chegamos perto da grande ponte que dá acesso ao hotel, Ponte Della Accademia (10 minutos depois) é que os fogos começaram a estourar. Lá também tem atraso...





A Praça de São Marcos é o ponto alto de Veneza e lá pode-se visitar a Basílica di San Marco, de arquitetura bizantina, a Torre Dell Orologio, que mostra as fases da lua e os signos do zodíaco, o Palazzo Ducalle que já foi sede do governo e residência dos doges. Bem perto dali, em frente ao Grande Canal, é mister tirar uma foto com a Ponte dos Suspiros ao fundo. Conta a história que, ao passar por ela, os condenados tinham a última visão de Veneza antes de irem a julgamento e morrer. Vale a pena também ir até a Ponte Rialto, que é um dos cartões postais da cidade e de onde se avista o Grande Canal que é um dos marcos de Veneza. Imperdível e romântico é o passeio de gôndola (80 euros), com gondoleiros simpáticos e muitas vezes cantores.



A cidade tem excelentes restaurantes, mas eu indico dois: Harry’s Bar, restaurante freqüentado por Proust, no famoso Hotel Cipriani. Foi lá que nasceu o famoso drink Bellini (coquetel de champagne com pêssego) e o carpaccio, delicioso, mas muito caro. Imaginem que um pratinho de carpaccio, menor que o de sobremesa custa nada menos que 45 euros! Vamos comer o nosso mesmo, concordam? O outro restaurante é o Gran Café Quadri, que fica na Praça São Marcos, um local requintado e onde você pode também tomar excelentes vinhos.

Ficamos três dias em Veneza e de lá partimos para Verona, passando antes por Padova (Pádua), para visitarmos a Catedral de Santo Antonio de Pádua. Chegamos à tardinha em Verona, cidade de Romeu e Julieta. Suas ruazinhas são pitorescas e a cidade tem uma intensa vida cultural. A Piazza Bra é o coração da cidade e lá está situado o edifício símbolo da cidade, a Arena, um dos maiores anfiteatros romanos existentes e que data do I século a.C.
                                               
De Verona fomos direto a Roma, mas a cidade é um capítulo à parte e merece uma atenção especial e maiores detalhes. Falarei desta cidade maravilhosa no próximo mês. Até lá!