sexta-feira, 18 de maio de 2012

Itália, sweet Itália

Quando você decidir ir para a Itália, tente fazer um regime antes, porque o que você vai comer e beber por lá, não é brincadeira!!! Haja estômago para consumir tanto carboidrato e haja fôlego depois para perder peso na academia!!!


Tomamos um vôo para Roma (José Carlos e eu) no dia 27 de dezembro de 2011  e já tínhamos  um carro alugado pela Hertz que pegamos no Aeroporto Fiumicino. Acertamos o GPS para Firenze (Florença), onde ficamos por três dias. É uma cidade lindíssima, com seu centro histórico enorme e é local de suma importância para aqueles que são ligados à arte, pois lá é cenário de obras dos grandes mestres Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto e outros.


A Catedral de Santa Maria Dei Fiori (Duomo) é revestida com mármore verde, rosa e branco, levou quase dois séculos para ser construída e é um dos principais cartões postais da cidade. A porta de bronze do Batistério (em frente à Igreja) é um maravilhoso trabalho de Ghiberti, discípulo de Michelangelo. A principal praça de Florença é a Piazza Della Signoria, onde acontecem os maiores eventos da cidade e onde estão as seguintes estátuas:   Perseu (Celline), O Rapto das Sabinas (Giambologna) e a cópia da maravilhosa estátua de David. Imperdível mesmo é a Galleria della Accademia, onde está a verdadeira Estátua de Davi, de Michelangelo. Você é capaz de ficar horas admirando aquela beleza de escultura, pois a cada olhadela você consegue observar um detalhe diferente: a perfeição da musculatura, a definição das veias, o contorno do corpo.





A Ponte Vecchio é muito famosa, é ponto turístico e foi construída para servir de passagem para que a família Médici não se misturasse com o povo. O local fica sempre muito cheio, pois ali funcionam muitas lojas que vendem ouro e prata, mas nada tão bonito como nossos designers brasileiros.

Aproveitamos nossa estadia em Florença para conhecer a belíssima região da Toscana. Pegamos o carro e rumamos para as cidades medievais de Siena, San Gimignano e Montalcino.





Siena foi construída no alto de colinas, é cercada de antigas muralhas e tem um impressionante centro histórico. Vá com tempo para se perder por aquelas ruelas estreitas e cheias de lojinhas. A culinária e o vinho são excelentes, além dos deliciosos biscoitos e doces típicos.

Montalcino também fica no alto de uma colina e é uma cidadezinha pacata, mas que é ponto obrigatório de visita, pois tem nos seus arredores os melhores vinhedos da Itália. Almoçamos no Restaurante El Griffo (um risoto com champagne maravilhoso) e aproveitamos para saborear “in loco” o famoso Brunello de Montalcino. No restaurante, paga-se mais ou menos 65 euros por uma garrafa, safra 2006, mas nos mercados você consegue comprar por 33 euros. Consegui na AGIP (área de serviço das estradas), o mesmo vinho por 24 euros. Além do Brunello, o Rosso de Montalcino também é muito gostoso. Bem perto dali fica a Abadia de Sant’Antimo, muito antiga e com arquitetura românica medieval. No final do dia, um grupo de monges Norbertinos faz seu canto gregoriano ecoar na missa das 17 horas, evocando um ar místico. Não deixe de passar por lá, pelo menos para bater uma foto.
                                               
Entre Florença e Siena fica a cidadezinha de San Gimignano, Patrimônio da UNESCO e que tem sua origem em um povoado etrusco do século III a.C. Vale à pena fazer uma visita para sentir o clima, ainda medieval, de suas praças, palácios, igrejas e ruelas estreitas.
                                              
Estando em Florença, não deixe de visitar os diversos outlets situados em seus arredores. Um deles, o Outlet da Prada, fica no KM 35, na cidade de Arezzo. Não fomos lá por falta de tempo, mas segundo opiniões, é imperdível, principalmente nesta época do ano quando todas as mercadorias estão com 30% de desconto. Visitamos um outro outlet quando de nossa ida para Roma, e, realmente, valeu a pena.



Ao deixarmos Florença em direção a Veneza (Venice) resolvemos dar uma passadinha em Pisa, um dos cartões postais mais conhecidos da Itália. Revestida em mármore branco, a torre tem 60 metros de altura e leva, como marca registrada, uma visível inclinação de mais de 3 metros e que ocorreu logo após o início de sua construção por causa da frágil fundação em um subsolo fraco e instável, além do peso elevado. Atualmente, graças ao avanço da tecnologia, a progressiva inclinação parece ter sido bloqueada e a torre permanece constantemente monitorada para evitar surpresas futuras.



Chegamos à cidade de Mestre, que fica nos arredores de Veneza, às 17 horas e fomos diretamente para o estacionamento. Parecia que o mundo inteiro queria estacionar por ali, tal a quantidade de carros e o tamanho da fila. Demoramos bastante para conseguir uma vaga, pois já estava anoitecendo e todos queriam atravessar o canal para assistir os fogos da passagem de ano.




Para se entrar na cidade podemos escolher entre o water-taxi e o vaporetto. Por causa do horário e do peso de nossas malas optamos pelo primeiro (60 euros) e em 15 minutos já estávamos no Centurion Palace, um hotel 5 estrelas super-confortável, de frente para o Grand Canal. Infelizmente tínhamos que caminhar bastante para chegar até a Praça de São Marcos, que ficava do outro lado do canal, mas nada que atrapalhasse tanto porque o caminho para se chegar lá é um shopping center a céu aberto: Gucci, Versace, Cartier, Burberry e outras.


A passagem de ano foi bem interessante: a Praça de São Marcos estava lotada e um show de cantores começou a acontecer, a partir das 22 horas, inclusive cantores brasileiros. Tivemos o nosso jantar em um restaurante da praça, acompanhado de um Brunello, claro, e, um pouco antes da meia-noite começou a contagem regressiva em um grande telão e as pessoas se abraçaram desejando um ano promissor. Logo em seguida o show continuou, mas a maioria das pessoas foi deixando a praça. Como estávamos cansados, fizemos o mesmo e somente quando chegamos perto da grande ponte que dá acesso ao hotel, Ponte Della Accademia (10 minutos depois) é que os fogos começaram a estourar. Lá também tem atraso...





A Praça de São Marcos é o ponto alto de Veneza e lá pode-se visitar a Basílica di San Marco, de arquitetura bizantina, a Torre Dell Orologio, que mostra as fases da lua e os signos do zodíaco, o Palazzo Ducalle que já foi sede do governo e residência dos doges. Bem perto dali, em frente ao Grande Canal, é mister tirar uma foto com a Ponte dos Suspiros ao fundo. Conta a história que, ao passar por ela, os condenados tinham a última visão de Veneza antes de irem a julgamento e morrer. Vale a pena também ir até a Ponte Rialto, que é um dos cartões postais da cidade e de onde se avista o Grande Canal que é um dos marcos de Veneza. Imperdível e romântico é o passeio de gôndola (80 euros), com gondoleiros simpáticos e muitas vezes cantores.



A cidade tem excelentes restaurantes, mas eu indico dois: Harry’s Bar, restaurante freqüentado por Proust, no famoso Hotel Cipriani. Foi lá que nasceu o famoso drink Bellini (coquetel de champagne com pêssego) e o carpaccio, delicioso, mas muito caro. Imaginem que um pratinho de carpaccio, menor que o de sobremesa custa nada menos que 45 euros! Vamos comer o nosso mesmo, concordam? O outro restaurante é o Gran Café Quadri, que fica na Praça São Marcos, um local requintado e onde você pode também tomar excelentes vinhos.

Ficamos três dias em Veneza e de lá partimos para Verona, passando antes por Padova (Pádua), para visitarmos a Catedral de Santo Antonio de Pádua. Chegamos à tardinha em Verona, cidade de Romeu e Julieta. Suas ruazinhas são pitorescas e a cidade tem uma intensa vida cultural. A Piazza Bra é o coração da cidade e lá está situado o edifício símbolo da cidade, a Arena, um dos maiores anfiteatros romanos existentes e que data do I século a.C.
                                               
De Verona fomos direto a Roma, mas a cidade é um capítulo à parte e merece uma atenção especial e maiores detalhes. Falarei desta cidade maravilhosa no próximo mês. Até lá!