Quando
você decidir ir para a Itália, tente fazer um regime antes, porque o que você
vai comer e beber por lá, não é brincadeira!!! Haja estômago para consumir
tanto carboidrato e haja fôlego depois para perder peso na academia!!!
Tomamos
um vôo para Roma (José Carlos e eu) no dia 27 de dezembro de 2011 e já tínhamos
um carro alugado pela Hertz que pegamos no Aeroporto Fiumicino.
Acertamos o GPS para Firenze (Florença), onde ficamos por três dias. É uma
cidade lindíssima, com seu centro histórico enorme e é local de suma
importância para aqueles que são ligados à arte, pois lá é cenário de obras dos
grandes mestres Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto e outros.
A
Catedral de Santa Maria Dei Fiori (Duomo) é revestida com mármore verde, rosa e
branco, levou quase dois séculos para ser construída e é um dos principais
cartões postais da cidade. A porta de bronze do Batistério (em frente à Igreja)
é um maravilhoso trabalho de Ghiberti, discípulo de Michelangelo. A principal praça
de Florença é a Piazza Della Signoria, onde acontecem os maiores eventos da
cidade e onde estão as seguintes estátuas:
Perseu (Celline), O Rapto das Sabinas (Giambologna) e a cópia da
maravilhosa estátua de David. Imperdível mesmo é a Galleria della Accademia,
onde está a verdadeira Estátua de Davi, de Michelangelo. Você é capaz de ficar
horas admirando aquela beleza de escultura, pois a cada olhadela você consegue
observar um detalhe diferente: a perfeição da musculatura, a definição das
veias, o contorno do corpo.
A Ponte Vecchio é muito famosa, é ponto turístico e
foi construída para servir de passagem para que a família Médici não se
misturasse com o povo. O local fica sempre muito cheio, pois ali funcionam
muitas lojas que vendem ouro e prata, mas nada tão bonito como nossos designers
brasileiros.
Aproveitamos
nossa estadia em Florença para conhecer a belíssima região da Toscana. Pegamos
o carro e rumamos para as cidades medievais de Siena, San Gimignano e
Montalcino.
Siena
foi construída no alto de colinas, é cercada de antigas muralhas e tem um
impressionante centro histórico. Vá com tempo para se perder por aquelas ruelas
estreitas e cheias de lojinhas. A culinária e o vinho são excelentes, além dos
deliciosos biscoitos e doces típicos.
Montalcino
também fica no alto de uma colina e é uma cidadezinha pacata, mas que é ponto
obrigatório de visita, pois tem nos seus arredores os melhores vinhedos da
Itália. Almoçamos no Restaurante El Griffo (um risoto com champagne
maravilhoso) e aproveitamos para saborear “in loco” o famoso Brunello de
Montalcino. No restaurante, paga-se mais ou menos 65 euros por uma garrafa,
safra 2006, mas nos mercados você consegue comprar por 33 euros. Consegui na
AGIP (área de serviço das estradas), o mesmo vinho por 24 euros. Além do
Brunello, o Rosso de Montalcino também é muito gostoso. Bem perto dali fica a
Abadia de Sant’Antimo, muito antiga e com arquitetura românica medieval. No
final do dia, um grupo de monges Norbertinos faz seu canto gregoriano ecoar na
missa das 17 horas, evocando um ar místico. Não deixe de passar por lá, pelo
menos para bater uma foto.
Entre
Florença e Siena fica a cidadezinha de San Gimignano, Patrimônio da UNESCO e
que tem sua origem em um povoado etrusco do século III a.C. Vale à pena fazer
uma visita para sentir o clima, ainda medieval, de suas praças, palácios,
igrejas e ruelas estreitas.
Estando
em Florença, não deixe de visitar os diversos outlets situados em seus
arredores. Um deles, o Outlet da Prada, fica no KM 35, na cidade de Arezzo. Não
fomos lá por falta de tempo, mas segundo opiniões, é imperdível, principalmente
nesta época do ano quando todas as mercadorias estão com 30% de desconto.
Visitamos um outro outlet quando de nossa ida para Roma, e, realmente, valeu a
pena.
Ao deixarmos
Florença em direção a Veneza (Venice) resolvemos dar uma passadinha em Pisa, um
dos cartões postais mais conhecidos da Itália. Revestida em mármore branco, a
torre tem 60 metros de altura e leva, como marca registrada, uma visível
inclinação de mais de 3 metros e que ocorreu logo após o início de sua
construção por causa da frágil fundação em um subsolo fraco e instável, além do
peso elevado. Atualmente, graças ao avanço da tecnologia, a progressiva
inclinação parece ter sido bloqueada e a torre permanece constantemente
monitorada para evitar surpresas futuras.
Chegamos
à cidade de Mestre, que fica nos arredores de Veneza, às 17 horas e fomos
diretamente para o estacionamento. Parecia que o mundo inteiro queria
estacionar por ali, tal a quantidade de carros e o tamanho da fila. Demoramos
bastante para conseguir uma vaga, pois já estava anoitecendo e todos queriam
atravessar o canal para assistir os fogos da passagem de ano.
Para
se entrar na cidade podemos escolher entre o water-taxi e o vaporetto. Por
causa do horário e do peso de nossas malas optamos pelo primeiro (60 euros) e
em 15 minutos já estávamos no Centurion Palace, um hotel 5 estrelas
super-confortável, de frente para o Grand Canal. Infelizmente tínhamos que
caminhar bastante para chegar até a Praça de São Marcos, que ficava do outro
lado do canal, mas nada que atrapalhasse tanto porque o caminho para se chegar
lá é um shopping center a céu aberto: Gucci, Versace, Cartier, Burberry e
outras.
A
passagem de ano foi bem interessante: a Praça de São Marcos estava lotada e um
show de cantores começou a acontecer, a partir das 22 horas, inclusive cantores
brasileiros. Tivemos o nosso jantar em um restaurante da praça, acompanhado de
um Brunello, claro, e, um pouco antes da meia-noite começou a contagem
regressiva em um grande telão e as pessoas se abraçaram desejando um ano
promissor. Logo em seguida o show continuou, mas a maioria das pessoas foi
deixando a praça. Como estávamos cansados, fizemos o mesmo e somente quando
chegamos perto da grande ponte que dá acesso ao hotel, Ponte Della Accademia
(10 minutos depois) é que os fogos começaram a estourar. Lá também tem
atraso...
A
Praça de São Marcos é o ponto alto de Veneza e lá pode-se visitar a Basílica di
San Marco, de arquitetura bizantina, a Torre Dell Orologio, que mostra as fases
da lua e os signos do zodíaco, o Palazzo Ducalle que já foi sede do governo e
residência dos doges. Bem perto dali, em frente ao Grande Canal, é mister tirar
uma foto com a Ponte dos Suspiros ao fundo. Conta a história que, ao passar por
ela, os condenados tinham a última visão de Veneza antes de irem a julgamento e
morrer. Vale a pena também ir até a Ponte Rialto, que é um dos cartões postais
da cidade e de onde se avista o Grande Canal que é um dos marcos de Veneza.
Imperdível e romântico é o passeio de gôndola (80 euros), com gondoleiros
simpáticos e muitas vezes cantores.
A
cidade tem excelentes restaurantes, mas eu indico dois: Harry’s Bar,
restaurante freqüentado por Proust, no famoso Hotel Cipriani. Foi lá que nasceu
o famoso drink Bellini (coquetel de champagne com pêssego) e o carpaccio,
delicioso, mas muito caro. Imaginem que um pratinho de carpaccio, menor que o
de sobremesa custa nada menos que 45 euros! Vamos comer o nosso mesmo, concordam?
O outro restaurante é o Gran Café Quadri, que fica na Praça São Marcos, um
local requintado e onde você pode também tomar excelentes vinhos.
Ficamos
três dias em Veneza e de lá partimos para Verona, passando antes por Padova
(Pádua), para visitarmos a Catedral de Santo Antonio de Pádua. Chegamos à
tardinha em Verona, cidade de Romeu e Julieta. Suas ruazinhas são pitorescas e
a cidade tem uma intensa vida cultural. A Piazza Bra é o coração da cidade e lá
está situado o edifício símbolo da cidade, a Arena, um dos maiores anfiteatros
romanos existentes e que data do I século a.C.
De
Verona fomos direto a Roma, mas a cidade é um capítulo à parte e merece uma
atenção especial e maiores detalhes. Falarei desta cidade maravilhosa no
próximo mês. Até lá!