sábado, 25 de junho de 2011

Andaluzia (Espanha)

Em abril de 2008 os diretores do Grupo Líder foram à Madrid para receber o prêmio Concessionária Classe A, atribuído às melhores concessionárias GM. Após três dias de passeio na capital espanhola, alugamos um carro (Bráulio, Beth, Danilo, Adélia, José Braz Neto e eu) e fomos dar um giro pelas principais cidades da Andaluzia.


Começamos nosso passeio por Granada (427 km de Madrid), uma cidade moura e que preserva o maior monumento deixado pelos invasores muçulmanos da Espanha Medieval, o Alhambra (vermelho), que é um conjunto com vários palacetes e jardins e que servia de residência de campo para a realeza moura. A seguir fomos para o Bairro Albaicín para curtir o pôr-do-sol no Mirador de San Nicolas, diante da vista espetacular do Alhambra. O bairro de Albaicín é onde o passado mourisco é mais visível. É na Capela Real que repousam os restos mortais dos reis católicos Fernando de Aragon e Isabel de Castela. De Granada passamos por Sierra Nevada (38 km), cujo local é coroado por quatorze picos com mais de 3000 metros.A neve começa a cair em finais do outono e mantém-se até julho. A temporada de neve vai do início de dezembro à metade de maio.


Seguindo nossa viagem, alcançamos a mais popular região turística da Espanha, a belíssima Costa do Sol. Passamos pela maior cidade da Costa do Sol, Málaga, que é um porto importante com ruínas históricas como a Alcazaba, um castelo mouro protegido por muralhas, que guardava a entrada para o reino de Granada. É também a terra natal de Picasso. Após a visita, seguimos para Marbella (60 km), que é a cidade mais elegante da Costa do Sol e freqüentada por estrelas de cinema e nobres, mas nem por isso um destino proibitivo para turistas de classe média. Em Puerto Bañus (próximo à Marbella), bares e restaurantes disputam clientes com menus a preço mais populares. Esta vila sofisticada tem lojas, bistrôs e restaurantes requintados e luxuosos, além de uma vida noturna animadíssima. Com a invejável média de 300 dias de sol por ano, a cidade nunca fica às moscas. No inverno, enquanto os gramados do norte da Europa ficam cobertos de neve, os campos de golfe de Marbella brilham como nunca...

Resolvemos a seguir, dar uma esticadinha até o Estreito de Gibraltar (81 km), cujo local é visitado todos os anos por mais de 4 milhões de pessoas. Há um castelo mourisco à meia altura da rocha, cuja torre ainda é usada como prisão, bem como 80 km de túneis-abrigo com armazéns e aquartelamento. O Covil dos Macacos, perto da Ponta Europa, é o habitat dos macacos sem cauda. A lenda diz que os britânicos só conservarão a rocha enquanto os macacos lá estiverem.

De Gibraltar seguimos direto para Ronda, local onde nasceu a tourada moderna, a mais genuína expressão da cultura espanhola. A Praça de Touros é uma das mais tradicionais do país, onde o toureiro Pedro Romero, 200 anos atrás, criou o estilo de tourada a pé, que vigora até hoje.


Seguindo viagem, cruzamos a Serra de Ronda e entramos numa das mais pitorescas regiões da Espanha, a Rota dos Pueblos Blancos, com seus vilarejos fortificados no alto das colinas. Ali, todas as casas são pintadas de branco, como manda a tradição moura.

Saindo de Ronda, passamos por Jerez de la Frontera (115 km), capital do vinho xerez (um vinho de alto teor alcoólico, mais seco que o vinho do Porto). Entre os nomes mais conhecidos estão dos de Gonzalez Byass e Pedro Domec, este último mais conhecido por nós. Passamos a seguir por Cádis (42 km), que, segundo seus habitantes, é a mais antiga cidade da Europa. Prosseguindo nossa viagem, chegamos em Sevilha (124 km), cidade onde tudo é fascinante, do povo alegre e festivo à arquitetura de influência moura e as tradições da cultura local. É a maior cidade da Andaluzia e foi a capital do país na época dos descobrimentos. Lá visitamos a Torre Del Oro (que abriga agora um pequeno museu marítimo), o Teatro de La Maestranza, a Plaza de Toros, os pavilhões da Expo 92 e o sofisticado Ayuntamiento (prefeitura).


Saindo de Sevilha passamos por Córdoba (143 km), uma das pérolas que a civilização árabe deixou na Península Ibérica e onde visitamos a Mesquita-Central, uma das mais importantes obras de arte de todos os tempos, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Finalmente, depois de dez dias de passeio, retornamos ao Brasil, saudosos de nossa terra e de nossos familiares e trazendo na babagem um mundo de conhecimentos que só a Europa consegue nos proporcionar.

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