Certa vez li, em algum lugar, que existem muitos locais no mundo onde ninguém quer ir, como a Sibéria e Saara, e outros onde as pessoas querem ir e voltar sempre, como Paris, Roma e Nova York. Entretanto, existe uma outra categoria que atinge todo mundo e é onde todos deveriam ir: Israel.
Fomos nós (Beth Braz, Aurora Pompei e eu) em fevereiro deste ano e ficamos maravilhadas com o que vimos e impressionadas com a história que não se perdeu. Independente da religião que você pratica, realmente a Terra Santa é um local onde todas as pessoas deveriam ir. A Terra Prometida dos judeus também o lugar onde Jesus morreu na cruz e o mesmo território que Maomé visitou em suas andanças pelo mundo. A terra é sagrada para os judeus, para os cristãos e para os muçulmanos. Jerusalém é especial, pois é a síntese de tudo. E é essa mistura de credos e de culturas que torna Israel tão emocionante e especial.
Lá nós pudemos presenciar um judeu rezando numa sinagoga, quase ao lado de um muçulmano orando em uma mesquita e, a pouca distâcia, uma igreja catóica para onde os cristão se dirigem em romaria. No Muro das Lamentações pudemos ver a oração do judeu ortodoxo, com o corpo se movendo ritmicamente para frente e para trás, a cabeça pendendo para cima e para baixo, tendo nas mãos, um exemplar da Tora (a Bíblia).
Na Via Dolorosa, local que Jesus percorreu na Via Sacra, encontramos com pessoas arrastando pesadas cruzes de madeira, vimos gente com os olhos marejados de lágrimas beijando compulsivamente o chão pedregoso onde tudo aquilo supostamente aconteceu. Pois é até eu fiquei assustada com o que as pessoas dizem, não afirmando nada categoricamente, parecendo até uma heresia. O fato é que, com exceção o de um ou dois lugares já comprovados, como o Palácio de Pilatos onde Jesus foi julgado e o local do Calvário, ninguém garante que todas as outras construções católicas da atual Cidade Velha de Jerusalém sejam exatamente as mesmas de 2 mil anos atrás. Mas acredito que isso não significa absolutamente nada. O fato é que Jesus, Maomé e Moisés passaram por ali. Se foi nesse lugar ou naquele outro, pouco importa. O importante é que toda aquela terra é sagrada. E com isso todos concordam.
Foi uma viagem que valeu a pena, não só pela história, pois, Israel é um museu a céu aberto, como também pelo sentido religioso, pois sendo você católico, espírita, protestante, e, mesmo ateu, com certeza em um dado momento, vai parar para pensar e, certamente se emocionar.
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