sábado, 25 de junho de 2011

Israel

Certa vez li, em algum lugar, que existem muitos locais no mundo onde ninguém quer ir, como a Sibéria e Saara, e outros onde as pessoas querem ir e voltar sempre, como Paris, Roma e Nova York. Entretanto, existe uma outra categoria que atinge todo mundo e é onde todos deveriam ir: Israel.


Fomos nós (Beth Braz, Aurora Pompei e eu) em fevereiro deste ano e ficamos maravilhadas com o que vimos e impressionadas com a história que não se perdeu. Independente da religião que você pratica, realmente a Terra Santa é um local onde todas as pessoas deveriam ir. A Terra Prometida dos judeus também o lugar onde Jesus morreu na cruz e o mesmo território que Maomé visitou em suas andanças pelo mundo. A terra é sagrada para os judeus, para os cristãos e para os muçulmanos. Jerusalém é especial, pois é a síntese de tudo. E é essa mistura de credos e de culturas que torna Israel tão emocionante e especial.



Lá nós pudemos presenciar um judeu rezando numa sinagoga, quase ao lado de um muçulmano orando em uma mesquita e, a pouca distâcia, uma igreja catóica para onde os cristão se dirigem em romaria. No Muro das Lamentações pudemos ver a oração do judeu ortodoxo, com o corpo se movendo ritmicamente para frente e para trás, a cabeça pendendo para cima e para baixo, tendo nas mãos, um exemplar da Tora (a Bíblia).


Na Via Dolorosa, local que Jesus percorreu na Via Sacra, encontramos com pessoas arrastando pesadas cruzes de madeira, vimos gente com os olhos marejados de lágrimas beijando compulsivamente o chão pedregoso onde tudo aquilo supostamente aconteceu. Pois é até eu fiquei assustada com o que as pessoas dizem, não afirmando nada categoricamente, parecendo até uma heresia. O fato é que, com exceção o de um ou dois lugares já comprovados, como o Palácio de Pilatos onde Jesus foi julgado e o local do Calvário, ninguém garante que todas as outras construções católicas da atual Cidade Velha de Jerusalém sejam exatamente as mesmas de 2 mil anos atrás. Mas acredito que isso não significa absolutamente nada. O fato é que Jesus, Maomé e Moisés passaram por ali. Se foi nesse lugar ou naquele outro, pouco importa. O importante é que toda aquela terra é sagrada. E com isso todos concordam.




Na Igreja da Anunciação, lugar onde Maria recebeu a visita do Anjo Gabriel, a missa estava sendo celebrada em português e assistida por um grupo de peregrinos brasileiros. O Mar da Galiléa, na verdade é um lago (Tiberídes) formado pelas nascentes que brotam ao fundo nas Colinas de Golan, são símbolo de uma religião marcada por belas paisagens e lugares extremamente sagrados para os cristãos, como o Monte das Beatitudes, onde Jesus proferiu o Sermão da Montanha.Sentimos também muita emoção ao colocar os pés nas ruas do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado por São João Batista e que, hoje em dia, é uma das maiores fontes de rua de Israel.



A Basilica do Santo Sepulcro é um local em Jerusalém onde a tradição crisã afirma que Cristo foi crucificado, sepultado e de onde ressuscitou no Domingo de Pácoa. Dentro da basílica existe, na parte superior, uma elevação rochosa com cerca de 5 metros de altura que se acredita ser o que resta visível do Calvário (Gogota). A Igreja aceita como o sepulcro de Jesus pela maioria dos historiadores e a rocha, dentro da igreja, como o local exato do Calváio, onde a cruz foi elevada para a crucificação de Jesus.Do Monte das Oliveiras você tem uma excelente visão da Cidade Antiga, onde poderá vislumbrar o Domo da Rocha, com sua célula dourada, a Basílica do Santo Sepulcro, a Porta de Estevão, a Porta de Damasco, como também outros lugares sagrados.


Foi uma viagem que valeu a pena, não só pela história, pois, Israel é um museu a céu aberto, como também pelo sentido religioso, pois sendo você católico, espírita, protestante, e, mesmo ateu, com certeza em um dado momento, vai parar para pensar e, certamente se emocionar.

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