sábado, 25 de junho de 2011

França

Você gosta de um bom vinho tinto? Eu já gostava e passei a apreciar ainda mais durante a viagem que fizemos à França (Jussara Braz, Lúcia e Wilma Pacheco ) em agosto e setembro deste ano de 2009. Começamos nossa maratona por Paris, que por si só merece um capítulo à parte. Por isso, vou deixar a cidade luz para outra ocasião e enveredar pelos caminhos que trilhamos na França.


Saímos de Paris e fomos direto à região de Champagne, no nordeste da França, em direção a Reims, capital desta conhecida vitivinícola onde se produz um dos vinhos mais famosos do mundo. Juntamente com Épernay, Reims é hoje um dos centros de produção e exportação deste precioso néctar. Nesta cidade visitamos a Catedral de Notre Dame (estilo gótico), recheada de vitrais antigos e de outros mais recentes do artista Marc Chagal. Continuamos nossa viagem através de campos cobertos de vinhedos, paisagem característica desta bela região, também muito rica em igrejas medievais, castelos, mansões e casas tradicionais decoradas com madeira. Chegamos à Epernay, cidade que, a partir do século XVIII prosperou muito, graças à produção de champagne, bebida inventada acidentalmente por um monge chamado Don Pérignon. Em seguida chegamos a Troyes, antiga capital da região de Champagne, local onde conhecemos o encantador centro histórico, que, curiosamente, possui a forma de uma rolha de garrafa de champagne. A cidade surpreende os visitantes pela riqueza do seu patrimônio cultural, pelas suas ruelas e casas medievais e pelas suas igrejas, que possuem uma das melhores coleções de vitrais do mundo.


De Troyes fomos para Dijon, antiga capital da Bourgogne, região de grande importância econômica e política. A cidade é também conhecida pela sua mostarda e pelo pão de mel com especiarias, verdadeiro manjar dos deuses. Continuamos por Nuits St. George, região dos mais famosos vinhos brancos da França chamados Côtes Nuits. Percorrendo uma paisagem de rica agricultura, onde predomina o vinho, entre culturas de milho, girassol e mostarda, chegamos até Beaune, Chalon-sur-Saône e Macon, cidades pequenas onde a vida calma e tranqüila nos surpreendeu, despertando em nosso íntimo a beleza das coisas simples. Neste lugar é fabricado o licor de Cassis, como também o delicioso vinho Beaujolais, ambos exportados para o mundo inteiro. Chegamos a Lyon, antiga capital da Gália Romana, conhecida como importante centro cultural, comercial e gastronômico.


Rumamos para a região da Provence, no sudeste da França e chegamos a Avignon, a fascinante cidade dos Papas, com seu monumental palácio, muralhas, torres, igrejas, capelas e a famosa ponte sobre o rio Ródano. Todos os cinquentões devem se lembrar da musiquinha cantada na infância: ... lá na Ponte d’Avignon, todo mundo passa lá... Passamos por Vienne, Valence, Montélimar, Orange, Aix-de-Provence (terra de Cézanne) e chegamos em Nice, a quinta maior cidade da França e a maior estância da costa mediterrânea. Conhecida como a capital da Côte d’Azur, Nice é a cidade onde nasceu o famoso nacionalista italiano Giuseppe Garibaldi e fica a apenas 25 km da fronteira italiana.

Reservamos um dia para a visita ao Principado de Mônaco, da família Grimaldi e do Príncipe Rainier, o segundo menor Estado independente do mundo, encravado no sul da França e com uma belíssima vista para o mar. Em Mônaco pudemos reconhecer as belíssimas paisagens que o mundo admira: os maravilhosos jardins do Cassino, a avenida do porto com as corridas de Fórmula 1 (inclusive a curva do S), o cais com seus barcos de luxo ancorados (centenas), a cidade velha e o Palácio Real, uma verdadeira jóia medieval.

Prosseguimos pela costa da Riviera Francesa, passamos em Antibes e Cannes, dos festivais de música e cinema, dos jardins e gente bonita e almoçamos em Saint Tropez, ponto de encontro das celebridades artísticas, onde o pequeno porto de pescadores se transformou no mais disputado cais de luxuosos iates.


Continuamos por Marseille, Arles, Nîmes, Montpellier, Carcassone, Toulouse e Bordeaux, cidade que já era utilizada pelos romanos para exportar os vinhos produzidos na região. Aqui são produzidos anualmente mais de quinhentos milhões de garrafas de vinho, com qualidade controlada desde 1855. Em Bordeaux, visitamos a região de Saint Emilion, onde fizemos um passeio de trenzinho através dos vinhedos, conhecemos alguns dos grandes produtores e apreciamos o cultivo e o desenvolvimento das cepas e das uvas.

De Bordeaux fomos a Cognac, região produtora de vinho que ficou célebre quando aqui se desenvolveu um processo de dupla destilação que tornou famosa a sua aguardente (eau-de-vie), passando a ser conhecida pelo nome da cidade. Em Cognac se encontram as maiores e as mais famosas destilarias do mundo, e lá pudemos observar os processos de fabricação, preparação dos tonéis, visitar as grandes caves (Curvoisier) onde se guardam e envelhecem os estoques e, finalmente provar para degustação da qualidade.

E o vinho tinto, como fica depois disso? Relaxe. Descubra o seu gosto pessoal nesse universo de aromas, sabores e sensações. E não se esqueça: o melhor vinho não é necessariamente o mais caro, mas sim, aquele que mais agrada ao seu paladar. Tim-tim!!!

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